31.5.02

Essas hqs do MZK são muito legais. Muito mesmo. Puro estilo.
Uma entrevista - um tanto decepcionante - com Guto Lacaz. Conheci o trabalho dele no Matéria Prima (a versão pré-histórica do Programa Livre), onde ele aparecia num quadro chamado Encontros Entre a Arte e a Ciência, se me lembro direito. Hoje ele faz ilustrações para a Caros Amigos e de vez em quando uns cartões para o BOL.
Dia de Gibi Novo: Cable 97 a 100

Nunca pensei que leria Cable com algum objetivo outro que não esculhambar aquele negócio. Mas me surpreendi com essas edições. Em vez de ficar lutando uma guerra sem fim conta um vilãozão aí (mote do personagem por quase dez anos), Cable agora vai uma zona de conflito para outra, interfirindo para acabar com eles e espalhar a filosofia Askani (não pergunte). O objetivo é eliminar a possibilidade de que o futuro de onde ele veio se realize.

Nessas edições que (escritas por David Tischman, com arte de Igor Kordey), Cable se enfia no Peru e se envolve no combate com o Sendero Luminoso. O interessante é que não há aquela perspectiva pró-americana tão clara em histórias do tipo. Além disso, mesmo com os elementos fantasiosos presentes (superpoderes, mutantes e coisas do tipo), a história é bem pé no chão e evita uma série de clichês no tratamento dos países latinos.

30.5.02

Apesar de umas escorregadas patrióticas, esse texto trata de algumas possibilidades muito interessantes para a construção de uma linha de defesa contra futuros ataques terroristas aos EUA. Independente da dimensão moral e ideológica que sublinha esses esforços, é interessante entender como as estratégias de fomento ao desenvolvimento científico - principalmente em tecnologia aplicada - funcionam.

Claro que o panorama aqui é bem diferente, mas eu queria saber como esse tipo de coisa funciona por aqui. Além do CNPq e fundações como a Fapesp, quem se importa com essas coisas?
Yeah, well, The Invisibles was filled with sexy, beautiful people, and The Filth is filled with ugly, hopeless people who can't get sex and all the sex is bad sex.The fashions are ugly, and everything is wrong, but there is a kind of real heart to it, which The Invisibles doesn't have. The Invisibles is more like Vogue, and I just wanted The Filth filled with flapping comb-overs and hopelessly degraded paunches.
Grant Morrison, em entrevista, falando sobre seu mais novo trabalho The Filth.
Mais da metade - 57% - dos usuários americanos de computadores admitem que raramente ou nunca pagam pelos programas que usam. Ao mesmo tempo, a grande maioria acredita que os programadores devem ser recompensadas por seus esforços.

Reclamar da pirataria e dos serviços de partilha de arquivos é muito fácil. Ninguém pensa em reduzir os preços.
Enquanto isso, em outros blogs

Mas não é nada fácil sentir esta revolução. Não está sendo televisionada. É um processo sutil e vagaroso. Vem tomando corpo, ensinando a nova geração a compartilhar conhecimento. Se isso tudo fosse falácia qual seria a explicação para o fenômeno dos debates em listas? Da repercussão dos blogs? Da explosão da comunidade open source? Qual seria a lógica da mitificação desta cultura hacker?

Sobre heróis e vândalos

As três coisas têm a ver fundamentalmente com ego.
Blog pessoal existe para se auto-afirmar em público, mostrar como se é legal e diferente, não é?
Ou não?
Tenho uma proposta mais ambiciosa.
Um belo dia, a gente precisa sair desse ciclo vicioso e matar o ego.
Matar o ego não quer dizer deixar de ser eu mesmo; apenas romper a identificação compulsória entre uma auto-imagem mental e o que realmente sou.

A doutrina Zen da não-mente. (Ou não)

I'm thinking about a less aspirational, less narrative model for political and social change than the counterculture's more typically communist posture. Instead of looking forward to a day when justice will be won, we declare ourselves to be living in a just world right now - and that we are simply fighting for MORE justice.

Micro-Moments
Dia de Gibi Novo: Zero Girl

Continuando minha meia maratona de hqs - ligeiramente extendida pela chegada de três encadernações de Transmetropolitan - li Zero Girl de Sam Keith (o mesmo que criou o The Maxx, que virou desenho na MTV). A arte é fantástica - como de hábito com Kieth - e a história vai bem até quase o final, quando perde força de repente.

A história gira em torno de Amy, uma menina estranha que vê o mundo em termos de quadrados (malvados) e círculos (bonzinhos e protetores). Amy é a vítima preferida de um grupo de colegas de escola e, numa dessas confusões, conhece Tim, do serviço de apoio aos estudantes da escola.Eles meio que se apaixonam, enquanto os círculos e quadrados de Amy começam a se tornarem mais reais e agressivos, complicando muito a vida de Tim.

A série - que lembra Maxx um bom tanto - fica dividida entra as estranhezas de Amy e sua paixão por Tim, sem conseguir se definir. É difícil se envolver com os personagens - que deveriam ser o centro dessa história - no meio dos elementos fantásticos - que parecem mais acessórios que parte da trama.

28.5.02

Ideas Death Match:
Saying that comics are stupid is like saying the alphabet is stupid. Like the alphabet, comics are a tool, a way of conveying meaning from one brain to another. And their possibilities are limited only by the size of those two brains.

versus

Does anybody still remember when cartoons were for kids? That's when adults did adult things. They watched ''Bob & Carol & Ted & Alice,'' protested or fought in wars, and, when all that didn't work out, made scads of money off the stock market or in real estate.
Como é o negócio?!!
Dia de Gibi Novo: Rising Stars - Born in Fire

De féria da faculdade - mas não de outras coisas - o tempo livre aumenta um tanto. Por isso passei na casa de um amigo meu e peguei várias coisas que me pareciam interessantes emprestadas. Uma delas foi a primeira encadernação de Rising Stars, de J. Michael Straczynski (e uma gangue de desenhistas).

A história me lembrou uma mistura de Cartas Selvagens e Highlander, contando a história de um grupo de pessoas que estavam em gestação quando uma força estranha banhou a cidade onde suas mães estavam, dando às crianças poderes de todo tipo. Uns trinta anos depois, os mais fracos do grupo começam a ser assassinados por um dos especiais, que descobriu que a energia de cada um dos mortos é dividida pelos restantes.

A história começa devagar e meio espionagem, mas - quando um grupo de especiais se une para matar seus colegas menos poderosos - as coisas explodem. O que provavelmente quer dizer que a segunda encadernação é bem menos interessante que a primeira, mas agora eu já fiquei curioso.

27.5.02

Consumers have embraced digital technology that allows them the greatest flexibility in the way they shop, communicate and consume all kinds of media - and it is not likely to be different in TV.
Trecho de uma matéria no New York Times sobre como os videocassetes digitais afetam a maneira como os canais de televisão funcionam. Obviamente, as redes estão tentando resolver seus problemas nos tribunais. E as soluções tecnológicas são muito mais interessantes...

Se você não é cadastrado no NY Times, use "leituras" como nome e "dodia" como senha.
Uma crítica interessante de Homem-Aranha, comparando os quadrinhos com o filme. E - pasme - por alguém que parece ter lido os quadrinhos de fato.

Há uns dias, a Ludmila comentou como todo mundo vira especialista em quadrinhos com um filme desses. Apesar dela estar confundindo "quadrinhos" com "super-heróis", concordo com ela que isso é um saco. É legal encontrar alguém que sabe do que está falando.
Ser indie é..., uma daquelas listas com motivos para saber se você é indie e tal. Me encaixo em 10. O mínimo para ser um indie é quinze.

Ufa.
Dia de Gibi Novo: Love and Rockets 2, 3 e 2, Love and Rockets apresenta: Mulheres Perdidas e Claus & Simon en Hollywood

Baixei no sebo esse fim de semana e acabei - quase - completando todas as Love and Rockets que saíram por aqui. É bem legal, apesar de ter uns lances datados (do meio dos anos 80). Para quem não conhece, acho que Stangers em Paradise chicano e com os toques de ficção científica (que só servem para dar uma cor).

Até agora, só li Mulheres Perdidas (escrito e desenhado por Jaime Hernandez), onde Maggie vai para uma ilha meio Cuba na década de 50 consertar uns robôs com Rand Race (mecânico-chefe por quem ela é apaixonada). Sabe quando você não sabe direito a graça de alguma coisa, mas gosta assim mesmo? Pois é.



Claus & Simon en Hollywood é um quadrinho espanhol escrito por Santiago Arcas e desenhado por Daniel Acuña. Não li ainda, mas o desenho é bem legal. Comprei por estar baratinho e pela capa estranha.

23.5.02

A Marvel deve muito dinheiro a meio mundo, já tento aberto concordata - ou pedido falência - há alguns anos. A pergunta que a Slate faz é: Homem-Aranha pode fazer alguma diferença para as finanças da empresa? Há uma versão mais genérica da pergunta - qual as conseqüências do filme para os quadrinhos em geral - mas a resposta para ela também não é muito boa.
Seção nova no EE.ORG: Players. Sobre "gente que faz".
Apesar de ser uma sátira - como tudo no Onion - não consigo deixar de achar isso absurdo. O Papa nunca diria algo assim. A Igreja vai pedir desculpas.

Em trezentos ou quatrocentos anos.
The popularity of hamburgers is a manifestation of magical thinking. Eating them will bring the easy and abundant life that is man's inalienable birthright.
Theodore Dalrymple, comentando a posição de destaque da segunda culinária mais atroz no mundo.
Na semana passada, esqueci, mas nessa não me passo: minha coluna no Dez!. Desta vez, sobre e-paper.

22.5.02

Pretendemos a infecção. Mas sem a necessidade de promover uma fuzuê na rede. Apenas queremos implementar um conceito nos micromercados. Uma amostra do poder das comunidades, de baixo para cima e de dentro para fora. Objetivando o engajamento das pessoas numa explosão de criatividade. A repercussão de uma idéia de forma desfocada e transformada.
Depois da apropriação do termo "marketing viral", propostas para um "marketing bacteriológico".
Matéria na Slate sobre música eletrônica "pastoral". Vários nomes citados e um histórico razoável, mas o jornalista tem uma atitude um tanto preconceituosa com o gênero e a música eletrônica em geral.
I think every Barbie doll is more harmful than an American missile.
Uma vendedora de brinquedos iraniana, em matéria sobre o lançamento de Dara e Sara, brinquedos que respeitam a identidade cultural do país.
O Hector Lima - que escreve enquanto você dorme - terminou a série sobre memes e bagulhos do tipo no EE.ORG. Novidade, novidade, não tem muita, mas às vezes fico impressionado como eu e pessoas que eu não conheço estamos na mesma freqüência.

Tem coisas que só a Internet faz por você.

21.5.02

Entendo que os riscos da aplicação de engenharia genética em humanos são grandes e é impossível de se prever todas as interações. Mas afirmar que elas devem ser detidas por serem uma ameaça a um determinado modelo de sociedade me parece meio equivocado.

Se a própria sociedade - através de milhares de escolhas individuais - está escolhendo e determinando sua substituição por um outro modelo, por que o modelo presente deve ser mantido? Não é mais interessante um debate dos perigos, possíveis implicações e questões sociais e econômicas envolvidas que simplesmente proibir?
Falando em adolescentes e drogas, um garoto americano denunciou seu pai por cultivar maconha. Segundo os advogados do acusado, ele cultivava para seu próprio uso e com finalidades terapeuticas (combater sores provocadas por artrite). Isso num estado que aprova o uso da erva para fins medicinais.

Para tornar a história ainda mais enfurecedora, os jornalistas estão fazendo o que sempre fazem nessas situações.

19.5.02

Mais que os chineses, os coreanos comem carne de cachorro. E - em tempo de Copa do Mundo por lá - a questão é bem mais complicada que "eca" ou "tadinho do cachorro".
Estranhamente, isso faz sentido. Tanto quanto o discurso de legitimação de qualquer outra ditadura, pelo menos. Mas, apesar de ordeiro, o Império está bem longe de ser um grupo de déspotas esclarecidos.

18.5.02

Por conta do filme do Homem-Aranha, ler quadrinhos é cool de novo entre os moleques americanos. Em vez de reclamar, os professores estão aproveitando a oportunidade.
Buenas Noches, Luis Sopelana.
The new media technologies of the 1990's gave people access to the engines of story creation and manipulation. Now, we seem to be voluntarily surrendering them back to the man behind the curtain. We don't want to know.
Douglas Rushkoff, no seu blog.
Que violência nas escolas que nada! Problema mesmo é a violência do ambiente de trabalho.
I have the giggles. We got banned by MTV. Christ, man, it's a fucking badge of honor.
Matt Fraction, Man of Action, comentando sua experiência com a MTV e um clip chamado Agenda: Suicide.
Quem gosta de ser confundido por ficção vai gostar muito de Como uma Luva de Veludo Moldada em Ferro, de Daniel Clowes.

A história lembra os filmes de Lynch, sendo difícil de entender o que aconteceu apesar de um desfecho claro. Um cara vê um filme estranho num cinema pornô e reconhece nele uma amiga. Tentando descobrir como ela foi parar lá e onde ela está, ele vai se envolvendo em estranheza após estranheza.
Esses dias assisti dois filmes que queria muito ver Mullholand Drive e Homem-Aranha. Não sei qual dos dois gostei mais. Adoro Lynch e filmes não fazem sentido direito em geral, mas a empolgação de Homem-Aranha é difícil de bater.
Os EUA são um lugar cada vez mais assustador se você é um adolescente. Agora, algumas escolas na Califórnia exigem que seus alunos se inscrevam em alguma escola de terceiro grau para poderem participar da formatura. O objetivo é fazer com que os formandos tomem decisões responsáveis sobre sua vida.

Tirando deles a responsabilidade, claro.
A epidemia de God Bless America está passando e as dissidências estão cada vez mais claras. Ontem (17.05), Bush se manifestou pela primeira vez sobre os planos pré 11 de setembro para atacar o grupo de Bin Laden. Claro que é difícil acreditar nesse homem.

17.5.02

Mas os nomes em inglês são tão mais legais! Tudo indica que o filme é uma baita bomba, mas eu vou assistir assim mesmo. Star Wars perdeu toda a graça depois da pataquada de Episódio I e Matrix (cujas continuações também me interessam muito pouco).
The 30 year old Winona and the 62 year old Pacino are working together on the movie set of "Simone" but when the cameras stopped rolling, according to a London press report, the action didn't.
Se a notícia não fosse do National Enquirer eu estaria chorando muito agora. Al Pacino? Não dava pra ser o Pé Grande?

Até uns dois, três, anos atrás eu achava Winona Ryder a mulher mais massa do mundo (o que não implica que ela é a mais bonita). Depois que vi o episódio de Friends em que ela aparece, cheguei à conclusão que meus fascínio por ela passou.

15.5.02

Dia de Gibi Novo:Love and Rockets apresenta Locas e Carbono

Ainda não entendi bem qual é a de Love and Rockets. Tá, tem um bando de mulheres, duas são mais ou menos amantes, elas tem umas abenturas entre cotiadianas e bizarras e o negócio é bem feito. Mas o apelo me escapa.

Love and Rockets tem uma fama imensa e não consigo entender o motivo. Acho que é algo muito ligado à época que foi lançado. Tipo o início da Sandman ou >i>Hellblazer.

O Carbono é um zine de quadrinhos. Metade nacional (e as que li até agora são muito fracas) metade americanos pirateados. Arrastei só por custar um real. Pelo preço - e pelos americanos pirateados - eu recomendo.
André Lemos, um dos fundadores do Ciberpesquisa e dos melhores professores que já tive, em entrevista na Play.

Não gosto muito dessa mania do chefe Alexandre Matias de escolher uma figura e meio que culpá-la pela criação - ou mudança - de um certo clima na cidade. Mas mesmo assim dá para achar algumas pessoas que estão fazenso coisas que - de um jeito ou de outro - estão ligadas ao Ciberpesquisa

14.5.02

E eu achando que os Clubes do Livro podiam ser legais. Tá. Não achava nada. Sempre tive a impressão de quem tem que se reunir para ler não quer ler é nada.

Mas mesmo assim queria participar de um.

13.5.02

Uma das coisas que não posso nem tocar sem ficar pilhado para ler de novo é Invisíveis. Emprestei para um amigo e, agora que ele devolveu o início do volume 3, fui dar uma folheada atrás de uma imagem para uma camiseta. Resultado: comecei a ler os gibis de novo.

So we return and begin again, indeed.
Dos cem livros mais importantes de todos os tempos - segundo os tempos atuais, bem entendido - eu li exatamente dez. E não foram os dois originalmente escritos em língua portuguesa.

O número é relevante? Eu tenho mesmo que ler essas coisas ou é um desejo mais de colecionador que de leitor?
We've given control over the future to exactly the wrong people. And before we know it, the possibility for innovation will have disappeared.
Lawrence Lessig, jurista que presta atenção nesse negócio de tecnologia, em entrevista à Business Week.

12.5.02

Um site de hqs muito legal que encontrei por aí. As histórias mais longas são boas, mas tem o hábito irritante de não estarem concluídas. Mas há algumas histórias curtas para compensar.
Acho que não há muito a dizer sobre Episódio II ou sobre a reação dos fãs às críticas. Há?

Episódio I foi tão frustrante que a única pergunta que tenho é who gives a fuck?

10.5.02

Será que dating shows e videogames são capazes de afetar a maneira que vemos os relacionamentos românticos? Como vítima confessa de Woody Allen e das comédias românticas, tenho a impressão que sim.
Isso é fantástico! É o tipo de coisa que só a Web faz por você.
Blog - Scott Rosenberg, editor da Salon explicando porque os blogs não são rivais dos jornalistas.

Blog Steve Johnson, autor de Emergence e Cultura da Interface, analisando a ecologia dos blogs e como aproveitar melhor seu potencial para organizar a Web.

Blog - Jason Kottke, weblogger picudo citado por Johnson, comentando as idéias no texto aí de cima.
Não vou nem comentar nada.
Alguém tem uns milhões de dólares para me emprestar? A causa é boa: participar do leilão de um ônibus espacial russo.

9.5.02

As pessoas chegaram aqui procurando:

berinjela Salvador, pedro doria, placas de transito, leitura, x-men 1999 era apocalipse jogo, quetoes de coisas darcy ribeiro, vagabond musashi, Samurai - A Lenda de Musashi, LOBO SOLITARIO, gibi, R. Kelly, matt fraction, link, free tape
Patético e muito triste, se você pensar a respeito. Mas é só desligar a empatia e dar umas risadas.
Quinta-feira: coluna no Dez!. Sobre hipertexto. Acho que estou começando a me adaptar ao espacinho.

8.5.02

Estou avançando mais lentamente que o esperado em Caçando Carneiros. Talvez porque - depois de 120 páginas - o negócio ainda não engatou. Talvez pela semana cheia de coisas.

Até agora, estou gostando desse Trilogia de Nova York de segunda. Gosto de histórias cheia de divagações e personagens que vão pra lá e pra cá sem muito senso de objetivo.

Não tente entender nisso mais do que estou dizendo.
Na quinta-feira da próxima semana (16.05) estarei novamente botando um som na Quinta Groove. Dessa vez, apresentarei um set de electro. Aparece lá.

O baba - organizado pelo pessoal do Pragatecno - começa às 23 horas, na Gloss (R. Afonso Celso, 60 - Barra). A entrada é franca e há uma consumação mínina de R$ 5,00.
I'm a meme bitch, babe! Infect me!



Which X-Files Character Are You? Take the Quiz

7.5.02

Uma decisão judicial americana decidiu que os jogos eletrônicos não são uma forma de expressão, não tendo direito à liberdade dada a meios como a literatura ou a imprensa.

Além de sérios problemas metodológicos, a decisão parte de um pressuposto e não se preocupa em examiná-lo e fato, mas apenas encontrar exemplos suficientes para reiterá-los.
Então é assim que esses caras conseguem ficar tanto tempo na "fila" de um filme.

6.5.02

Eu ainda estou na fase de acumular, mas - sempre me preocupando com o futuro sem tomar providências - penso no dia que vou começar a jogar livros fora. Na verdade, eu já tenho esse problema com os quadrinhos que não quero mais. Sei que não vou ler, meio me arrependo de ter comprado e, mesmo assim, procuro alguém "digno" para dar. Se você quiser, manda um e-mail.
Sete dias sem nada digital. Sem web, e-mail, computadores, telefones celulares, cds, televisão, cinema, rádio, despertadores... E sem fugir para o meio do mato. Você acha que conseguiria? Matthew McKinnon tentou.

Acho interessante esse tipo de privação. Não por achar que dá em algo relevante, mas que é uma forma eficiente de medir o impacto das tecnologias em nossas vidas imediatas. Se o cara fosse levar o negócio a sério mesmo, ele não poderia nem ler uma revista ou um livro, por conta das diversas estapas digitais envolvidas.

5.5.02

Certas analogias são muito claras. Que é que nunca pensou nos post-its como elementos hipertextuais? Eu mesmo já tinha feito uma ilustração para um texto sobre hipertextos usando os adesivinhos como os nodos - mas não consigo encontrá-la em lugar nenhum.
Se pelo menos as coisas me "impedindo" de escrever fossem tão interessantes...


Which Winona Are You?

Provavelmente esse foi o filme em que mais chorei na vida. Patético, uh? Mas tenho desculpas convincentes.
Depois que vi Clube da Luta fico muito desconfiado de qualquer cheiro ou gosto estranho na minha comida.
Sua resistência às tentativas de convencimento variam de acordo com o número e o contexto em que elas são feitas. E pesquisadores estão descobrindo formas de esgotarem sua capacidade de resistir.

Um paranóico é apenas alguém que conhece todos os fatos.

4.5.02

Combates que gostaria de ver:
Aldous Huxley vs. George Orwell
As preocupações de profissionais de outras áreas costumam parecer muito estranhas, apesar de vagamente compreeensíveis. Como se eu pudesse reclamar.
Às vezes eu tenho a impressão que não entendi nada sobre as relações entre o sexos. Aliás, essa é uma sensação recursiva.

Eu queria realmente acreditar que quem pode mais paga. Ou que não tem problema nenhum na mulher pagar um dia e o homem em outro. Mas mesmo assim não deixo de ficar sem graça quando ela puxa a conta.
In some ways, global satellite TV and Internet access have actually made the world a less understanding, less tolerant place. What the media provide is superficial familiarity -- images without context, indignation without remedy. The problem isn't just the content of the media, but the fact that while images become international, people's lives remain parochial.
Apesar do texto ser um tanto episódico - mais impressões que fatos ou proposições - ele levanta algumas questões interessantes.

A primeira que passa pela minha cabeça é se esse efeito aí de cima é inerente aos meios ou deve-se ao seu mau uso. Ou - já que o "mau uso" depende de um "uso correto" - é conseqüência da agenda dos detentores desses meios?

Para ler a matéria é necessário se cadastrar gratuitamente no jornal. Se você estiver sem paciência digita leituras como username e dodia como senha.

3.5.02

Desde as últimas eleições americanas, as coisas não vão muito bem para esse negócio de democracia representativa. Candidato de extrema direita levando na França e agora isso. Vamos ver as surpresas que as eleições de outubro nos reservam. (Provavelmente nenhuma, mas eu não consigo deixar de torcer).
A primeira crítica de Spiderman, acompanhada de matérias sobre seus criadores e autores importantes.
Um resumo excelente da situação dos quadrinhos nos mercados de língua inglesa.

2.5.02

Esse negócio de blog até que serve para alguma coisa. Fui entrevistado para uma matéria sobre o assunto que saiu no Claque.
Vi numa Bravo velha que Caçando Carneiros é um livro vazio e superficial do tipo que faz a cabeça de universitários pós-modernos por aí. Em outras palavras: tou colado.

Estou gostando muito do livro, mesmo só tendo lido pouquinho. Espero que ele não suma, como aconteceu com outro livro bagaceira que eu estava gostando, O Efeito Urano, da Fernanda Young.

Falando nela, mas minhas últimas visitas à livraria, ando lendo o livro de trechos dos Normais, que nunca assisti - televisão sexta de noite é baixo astral demais. Fiquei curioso para ver, mas não tem o DVD na minha locadora.
Hoje comprei a Play 3. Devo receber, já que escrevi para ela, mas não estou a fim de esperar para ler. Depois dou a cópia extra para alguém que ainda não conhece a revista.

A capa da edição não podia ser mais nerd e manjada - Star Wars - mas a idéia é essa mesmo. Segundo o editor - o senhor Alexandre Matias - as primeiras seis capas vão ser sobre temas que todo mundo conhece, para chamar a atenção de qualquer um até estabelecer o nome da revista. Entendo, mas é foda um qualquer coisa Fett na capa em vez da matéria mais legal (a sobre os anos 80). Segundo meus cálculos, a proxima edição deve ter uma gostosa profissional na capa.

Na mesma viagem à banca, comprei Batman - Ano Um, de Frank Miller e Dave Mazzuchelli. Eu já tenho uma cópia, mas está detonada de tanto ler e reler (foi uma das primeiras hqs que comprei, em 1990), por isso preciso de um exemplar para guardar para a posteridade. Ano Um conta o primeiro ano de Bruce Wayne como Batman.

Eu gosto muito mais de Ano Um que Cavaleiro das Trevas, além do desenho ser melhor, a trama e a narrativa são muito mais bem acabadas que a da história mais popular. Ano Um me lembra muito um filme noir, só que com um maluco vestido de morcego como protagonista.

1.5.02

Em vez de pensar nos gatinhos, pense nos pobres domo-kuns. Aliás, que diabos é um domo-kun?
Há certas coisas que todos devem saber fazer, mesmo que esperem nunca precisar.
Eu adoro Os Simpsons, acho que a série é uma das melhores coisas na televisão, mas também acho que está na hora de terminar. De preferência enquanto ainda presta.
Dia de Gibi Novo: Do Inferno 4

Finalmente terminei de ler a versão de Alan Moore e Eddie Campbell para a história de Jack o Estripador. Como eu já esperava, a história fecha direitinho, sem nenhuma ponta solta.

Como o próprio Moore admite, a história não é a busca de uma solução, mas um exame das sociedades vitorianas e contemporâneas a partir dos crimes de East End. Os capítulos finais - que tratam do destino dos protagonistas - são estranhamente emocionais, mais até que os que tratam dos assassinatos. Talvez isso diga mais algo a meu respeito que sobre a obra, mas larga lá.

O último capítulo narras os delírios mortais de Jack e rimam direitinho com o segundo, que apresenta o personagem. E o apêndice - uma hq que conta a história da "estripadologia" - é ao mesmo tempo hilário (lembrando muito Alec do próprio Campbell) e constrangedor.

Agora eu tenho que catar os outros três volumes emprestados por aí e reler tudo.